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Como a idade impacta a nossa habilidade de tomar decisões

O ato de fazer escolhas muda conforme envelhecemos. Veja como um estilo de vida saudável também vai impactar na nossa capacidade de decidir

Como a idade impacta a nossa habilidade de tomar decisões

Todo dia, nós precisamos tomar inúmeras decisões. Quais itens comprar no mercado, quais demandas do trabalho realizar primeiro, ter ou não aquela conversa com algum conhecido... Pode parecer que não – afinal, o tempo todo estamos escolhendo algo –, mas você sabia que esse ato muda conforme envelhecemos?

Para a professora assistente de psicologia da University of Central Florida (UCF) Nichole Lighthall, esse “fenômeno fascinante” é complexo. Tanto que ela passou a estudar a maneira como nós tomamos decisões ao longo de nossa vida. Para isso, ela criou o Laboratório de Desenvolvimento e Decisão de Adultos (em tradução livre para Adult Development and Decision Lab) para observar de perto o “supercomputador” conhecido como mente humana.

Ao UCF Today, portal de notícias da universidade, ela explicou como nós mudamos a maneira de tomar decisões ao longo da vida. Na entrevista, Lighthall disse que, com o passar dos anos, acumulamos experiências e conhecimentos ao mesmo tempo que nossa memória começa a apresentar certo desgaste. Quando esses ganhos e essas perdas são combinados, usamos vários meios de decidir por algo. “Pode até resultar em adaptações neurais que ajudam os adultos mais velhos a compensar o declínio da memória”, disse.

Esse estudo permitiu à professora descobrir algumas coisas interessantes. Ela cita que o estereótipo de que idosos são avessos a riscos nem sempre se confirma. Em seu estudo, ela percebeu, que para algumas atividades, a paixão pelo risco era muito semelhante entre os mais velhos e os mais jovens. Outra descoberta é que os adultos com mais idade usam diferentes regiões do cérebro para tomar decisões, principalmente as que envolvem recuperar parte da memória.

Vida saudável é amiga da boa memória 

Segundo Lighthall, a nossa tomada de decisão geralmente chega ao pico por volta dos 50 anos. Declínios mais agudos das habilidades cognitivas, diz a especialista, estão mais relacionados às condições crônicas de saúde ou “grandes eventos” como um derrame ou ataque cardíaco. “Quando se trata de declínios dramáticos, a ‘idade cronológica’ não é tão decisiva quanto a ‘idade biológica’”, explicou. 

Por isso, você já sabe. A receita para continuar apto a tomar as melhores decisões envolve manter uma boa dieta, tirar um tempo para descansar, buscar sempre ir ao médico para exames de rotina e praticar atividades físicas. “Tudo isso ajuda na nossa capacidade de tomar decisões ao longo da vida”, diz a pesquisadora.


 

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