Você se lembra a última vez que fez uma atividade junto com seus familiares de todas as idades (pai, mãe ou avós)? Momentos como esse são essenciais para fortalecer nossas relações intergeracionais. E a riqueza desse encontro está exatamente na possibilidade de aprender uns com os outros.
É certo que cada geração tem a sua especificidade e é influenciada pelas mudanças socioculturais, com ideias e comportamento diferentes. No entanto, é um exercício precioso conviver e saber lidar com aqueles que se diferem de nós. Afinal, essa troca é extremamente importante para fortalecer a conexão, o respeito e a harmonia.
Vale ressaltar que o respeito mútuo é a base para que essas relações aconteçam. E, para isso, é preciso que cada um reconheça a importância de ouvir e acolher as vivências de outras gerações, aprendendo a validar todo conhecimento e experiência.
A convivência entre diferentes gerações
O envelhecimento é, sobretudo, uma conquista da humanidade. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos aumentará com o passar do tempo. Por volta do ano de 2050, haverá 73 idosos para cada 100 crianças no Brasil.
Para Alexandre Kalache, médico gerontólogo e consultor de Longevidade da Bradesco Seguros, a grande conquista social nos últimos 100 anos foi poder envelhecer. “Para ter qualidade de vida para poder envelhecer, contribuir para a sua sociedade, família e comunidade, você precisa de quatro eixos que são fundamentais: boa saúde, sem saúde não tem qualidade de vida; o segundo é conhecimentos — você tem que caprichar para poder aprender a aprender sempre, desde a infância até a velhice (...); o terceiro eixo é o direito a participar da sociedade; e o último eixo é a proteção, a segurança”
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Estreitando as relações
Kalache recomenda buscar formas de nos aproximarmos de gerações diferentes das nossas. “Algo que pode nos unir como gerações, é cultivarmos propósitos comuns: você ter o mesmo sonho, vibrar com a mesma coisa, mergulhar com entusiasmo e criar essas pontes entre gerações", afirma o médico.
Afinal, as longas vidas pressupõem que você nunca imagina o que se passa na trajetória do outro e são essas surpresas que a vida reserva para o prazer da convivência. E todas as pessoas, sejam crianças ou pessoas idosas, podem e devem aprender umas com as outras.
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A construção de uma sociedade com a valorização do ser humano, depende do fortalecimento das nossas relações intergeracionais. Para isso, buscar leveza, otimismo e construir sonhos comuns, na harmonia entre as gerações é uma das formas de tornar esse mundo mais leve para todos.
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