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A estreita relação entre artes e a saúde

Estudo da OMS mostra o papel das artes na promoção de saúde, prevenção e tratamento de doenças. Confira!

A estreita relação entre artes e a saúde

O que a arte tem a ver com a saúde mental e física? Muita coisa. Na verdade, a arte tem um papel importante na prevenção de doenças, promoção de saúde e gerenciamento e tratamento de doenças ao longo de toda a vida. A conclusão vem de um relatório do Escritório Regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançado em 2019.

Ainda que tenha um enfoque específico no continente europeu, o relatório sintetiza a evidência global sobre o papel das artes na melhora do bem-estar físico e emocional. E o que é interessante: em qualquer fase da vida (da infância à velhice).

“Trazer a arte para a vida das pessoas por meio de atividades como dançar, cantar e ir a museus e concertos oferece uma dimensão adicional de como podemos melhorar a saúde física e mental”, disse a doutora Piroska Östlin, a diretora regional da OMS para a Europa na época do lançamento do relatório (hoje o cargo é ocupado pelo doutor Hans Henri P. Kluge).

Segundo Östlin, o relatório mostra como as artes podem ajudar pacientes de problemas complexos, como diabete, obesidade e saúde mental. Justamente porque saúde e bem-estar estão inseridos em um contexto social e comunitário mais amplo. “As artes oferecem soluções que a prática médica comum até agora não foi capaz de abordar com eficácia”, disse a ex-diretora do escritório europeu da OMS.

Como a arte promove a saúde ao longo da vida? 

O relatório da OMS indica que as atividades artísticas podem promover a saúde, prevenir doenças, fazer parte do tratamento de doenças físicas e mentais e apoiar os cuidados na velhice (quando necessário). Como falamos no início do texto, a arte traz benefícios para saúde em qualquer momento da sua vida.

Pais que leem para seus filhos antes de dormir, por exemplo, colaboram para a qualidade do sono das crianças — o que refletirá em uma melhor concentração na escola. Na adolescência, uma educação colaborativa (feita entre os alunos) e baseada na dramaturgia pode apoiar a tomada de decisão, melhorar o bem-estar e reduzir a exposição à violência. E, na velhice, a música pode dar a sua contribuição para a qualidade de vida de pessoas com demência (cantar melhora a atenção, a memória episódica (aquelas ligadas à vida pessoal) e a função executiva (conjunto de habilidades que ajudam o cérebro a priorizar tarefas e filtrar distrações e impulsos de controles).

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A arte nos ambientes de saúde 

Pode ser que a primeira referência que você tenha quando falamos de arte em ambientes de saúde (como hospitais) sejam os voluntários que participam e apoiam o tratamento de crianças hospitalizadascomo os palhaços.

A OMS traz alguns exemplos de como a arte pode ser usada para complementar ou aprimorar os protocolos de tratamento. No parágrafo anterior, falamos dos palhaços, que ajudam a reduzir a ansiedade e até aliviar a pressão sanguínea (das crianças e de seus pais). A música traz benefícios para reduzir efeitos colaterais do tratamento de câncer. E a dança contribui para a melhora nas funções motoras em pessoas com doença de Parkinson.

O ponto, destaca a OMS, é que as intervenções artísticas produzem bons resultados e ainda podem ser mais baratas do que tratamentos padrões e muito mais acessível para que pessoas de diferentes origens e classes sociais se envolvam com a promoção da saúde.

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